quinta-feira, 23 de abril de 2009

Livros Infantis

A maternidade trouxe-me a paixão pelos livros infantis e a descoberta de escritores e ilustradores que nos preenchem o olhar e nos incitam a sonhar, a acreditar!
A Beatriz tem 4 anos. Comprei-lhe o primeiro livro antes de estar grávida; 3 anos antes, se não estou em erro. Acompanhei uma turma quando estava a dar aulas na Escola Mario Sá Carneiro, em Camarate, a um encontro com o escritor José Jorge Letria. O escritor apresentou o livro «Versos para contar aos filhos em noites de luar». Não resisti e comprei. Foi o primeiro livro de muitos, que a Beatriz tem.
No quarto da minha filha existe um movel baixinho, um bocadinho mais alto do que ela. Está num canto ao lado da janela. As prateleiras estão cheias de livros. Desde muito pequenina que definimos que ali seria a biblioteca da Beatriz. Raramente está arrumada (diria que apenas uma vez por semana). Não me preocupa, talvez o contrário fosse estranho! Tenho um enorme carinho por todas as memórias inerentes à biblioteca da minha filha e gostaria que outros pais fomentassem nos seus filhos esta paixão pelos livros, a qual, se tem um início, será desde o berço. É por isso que na loja do Futuro Pensado se vendem livros infantis e não é por acaso que ao lado do móvel dos livros existe um sofá colorido.
A ilustração deste post é um livro da escritora Luísa Ducla Soares. Apesar de ser um livro infantil tem animado alguns dos jantares entre amigos. Se para as crianças é uma estória infantil, para os adultos é um recordar e sobretudo uma reflexão sobre a evolução da sociedade. Trata-se de uma estória em que a menina do capuchinho vermelho, farta de estar nos livros decide sair dele e fazer companhia ao João, um menino que vive nos nossos dias. A mãe do João pede-lhe para ir a casa da avó levar um bolo. A menina acompanha-o. Quando estavam para sair de casa a menina diz-lhe:
-João, não te esqueças do bolo para a tua avó.
O menino surpreendido com a observação responde: A minha mãe trabalha todo o dia, não tem tempo para fazer bolos! Nós compramos o bolo no hipermercado!
E a estória continua... muito bem escrita, com um enorme sentido de humor e sobretudo com grande criatividade.

Paula Pousinha

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