Muito se fala sobre escola, ensino, professores... Palavras que marcam a actualidade não fosse este o início de mais um ano lectivo.
Todas as pessoas têm significados para estas palavras. Na generalidade têm 2 perspectivas: a sua experiência enquanto alunos e o acompanhamento do percurso escolar dos seus filhos. Entre as duas realidades há muitas vezes uma descontinuidade de 2 ou 3 décadas, pelo que muitas coisas são diferentes, os métodos, os espaços, os materiais... Curiosamente mantêm-se os sujeitos: alunos, pais e professores.
Uma minoria de pessoas tem uma perspectiva de continuidade, ou seja, são alunos que nunca saíram da escola, os professores. Têm acompanhado a reforma das reformas, sendo actores secundários no planeamento e principais na concretização. É difícil encontrar motivação para reformar quando não se é ouvido sobre como o fazer! É difícil ensinar quem não quer aprender! É difícil classificar quando o nível já está atribuído!
Será que os pais sabem que os seus filhos têm aulas de 45 minutos?
Será que os pais sabem que o professor de Ciências Naturais, Ciências Físico-Químicas, História, Geografia, estão com os seus filhos 90 minutos por semana?
Será que os pais sabem que os professores destas disciplinas têm 7 ou 8 turmas, o que significa 160 alunos além do seu filho?
Será que os pais sabem que as notas dos seus filhos influenciam a avaliação de desempenho dos seu professores?
Há tantas outras coisas para saber!
Se soubessem teriam percebido que a maioria dos professores que sairam à rua naquele sábado, o fez enquanto encarregado de educação e não enquanto professor. Porque não é de avaliação de professores que se trata, é sobretudo da escola dos nossos filhos e do que se está a fazer com ela.
Sejam vigilantes em relação ao trabalho dos vossos filhos!
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